
STF, ex-presidente Lula e Sérgio Moro (Foto: STF, Stuckert e ABR) 476p1s
247 – O ex-presidente Lula (PT) comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 23, de tornar o ex-juiz da Lava Jato de Curitiba (PR), Sergio Moro, suspeito no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou às injustas condenação e prisão do petista em 2018. “A verdade venceu”, disse o ex-presidente no Twitter.
A verdade venceu. #equipeLula pic.twitter.com/fUSjW67c8L
— Lula (@LulaOficial) June 23, 2021
Por 7 votos contra 4, os ministros do Supremo oficializaram a suspeição do ex-juiz Moro. Marco Aurélio e Fux, os únicos que faltavam votar, se posicionaram contra o entendimento de que Moro foi um juiz suspeito – sendo derrotados, pois já havia sido declarada maioria a favor da suspeição em março deste ano.
O Plenário do STF retomou o julgamento em que se discute a decisão da 2ª Turma da corte que declarou a suspeição de Moro na ação penal contra Lula referente ao tríplex. A sessão foi realizada por meio de videoconferência.
Os sete votos pela manutenção da decisão da 2ª Turma, a favor da suspeição, foram dos ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. Com a conclusão do voto de Marco Aurélio, que havia pedido vista dos autos, e do presidente da Corte, Luiz Fux, o julgamento foi concluído em 7 x 4. Os dois acompanharam o relator, Edson Fachin, assim como Luís Roberto Barroso.
Através da Lava Jato, Moro orquestrou um esquema ilegal no Judiciário brasileiro, condenou o ex-presidente Lula (PT) sem provas, abrindo o caminho para a eleição de Bolsonaro em 2018 – num governo no qual assumiu o Ministério da Justiça.
A operação também foi responsável pela quebra de diversas empresas nacionais, pela destruição de mais de 4 milhões de empregos, entre outros malefícios, comprovadamente, liderados pelo Estado dos EUA.
Investigação pode apontar como Washington usou Moro para interferir no Brasil 5b5l1q
Um grupo de 23 parlamentares democratas aguarda a resposta do procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, para saber como a principal potência mundial se intrometeu na questão interna brasileira.
O pedido de explicações ao procurador-geral Garland de representantes do Partido Democrata é um derivado da carta que 77 legisladores brasileiros enviaram aos seus homólogos norte-americanos em 2020.